
Foi quando um lampejo de otimismo me fez deixar as portas das gaiolinhas abertas, como se não estivesse tudo perdido. Daí eu me perguntei, estará mesmo tudo perdido? Para quem? Parece que nem todo mundo vê que a portinhola está escancarada e mesmo vendo, que fazer diante disso? Talvez meus pares não vejam nem o incêndio. Talvez essas chamas cujas cores confundem-se com o desenho das grades da minha gaiola sejam fruto desse sentimento de pequenez que temos numa carreira que é tão distante das ambições e aspirações em relação ao poder econômico que os outros caminhos vislumbram dentro de sei lá que grades.
Por tudo isso, penso que nós professores de língua estrangeira estamos talvez assim: pequenos e livres como beija-flores.
Kleber
Nenhum comentário:
Postar um comentário