segunda-feira, 20 de julho de 2009

Quem tem medo de fazer oral?


Oral é bom, é gostoso. Oral é primordial, e é bem isso o que seu aluno quer de você. Portanto, para que tanto acanhamento? É verdade que é um assunto que constrange muita gente. Por onde começar? Como fazer? Parece que, para alguns, isso é mais fácil do que para outros, talvez por causa da vivência de cada um. Mas o fato de que a prática oral está hoje tão distante da grande maioria das salas de aula de língua estrangeira é um fato preocupante.
Entre os alunos que fazem qualquer curso de língua estrangeira é praticamente uma unanimidade que o grande objetivo para tal curso é ser capaz de falar naquele idioma. De que forma tal meta será alcançada? É certo que mesmo professores com conhecimento e prática sobre como tal processo ocorre muitas vezes encontram resistência por parte dos mesmos alunos que dizem querer falar. Mas pense você também nas suas primeiras orais: um quê de autoconfiança e suporte foi necessário para que você desenvolvesse tal habilidade, não foi? Outros fatores podem estar botando a boquinha de seu aluno fora desse jogo, e você deve zelar para que as condições estejam favoráveis para a construção do conhecimento.
Na escola regular, as crenças e o senso comum te fazem assinar sob o que diz que você está num lugar para se aprender somente a compreender e interpretar textos para o vestibular. Você sabe que não estará errando com eles se tentar incorporar o elemento oral em suas aulas. Tampouco estará infringindo o que vai nos documentos oficiais. Existe sim, uma ênfase na leitura e escrita, mas não em detrimento da oralidade, que influencia certos aspectos da escrita também.
Recursos tecnológicos de todos os formatos, padrões e modelos estão disponíveis ao serviço da aprendizagem de línguas estrangeiras e seu aluno tem acesso a pelo menos alguns deles. O professor deve saber aproveitar-se deles quando se fizer possível e trabalhar no sentido de que seja sempre cada vez mais possível, aprendendo sempre.
Por tudo isso, não há razão para você também não cair de boca nessa. E aqui estamos nós para aprender, pesquisar e compartilhar experiência prática e teórica neste sentido. Escreva para nós. Pergunte, critique, discorde e dê também sua contribuição para este blog.

Kleber Garcia

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